Na sequencia do post anterior recebemos vários comentários sobre a implementação de error-proofs com sensores de visão. Depois de refletir um pouco sobre algumas da implementações aqui ficam algumas ideias.
Seguindo a Lei de Moore e a evolução dos algoritmos de visão artificial, estão hoje disponíveis no mercado vários sensores, com elevada robustez, facilidade de utilização a preços bastante competitivos. Em consequência desta rápida evolução, os sensores de visão surgem muitas vezes como a solução milagrosa para todos os problemas.
Das experiências do passado a implementação de error proofs tem grandes vantagens quando:
- as peças a inspecionar são apresentadas na zona de inspeção em várias posições e orientações ou estão deficientemente fixas;
- existem muitas zonas de inspecção;
- existem múltiplos modos de falha para detectar em simultâneo;
- existem múltiplos modelos a inspecionar;
- em fases iniciais e rump-up quando ainda não são totalmente conhecidos os modos de falha.
Ou seja, a principal vantagem da utilização de sensores de visão é a sua flexibilidade e facilidade de adaptação a situações múltiplas. Como sempre sucesso destas implementações está sempre muito dependente da forma como foram respondidas as 7 questões e com especial ênfase nas 2 últimas “Qual o método de validação da instalação?” e “Qual o método de verificação de funcionamento no dia a dia após instalação?”.
Mesmo desenvolvendo o projeto de forma metódica e rigorosa é importante ter em conta que no final poderá ser necessário fazer alguns trade-offs e por exemplo assumir que só é possível identificar 98% dos defeitos ou que para aumentar a a percentagem de cobertura de defeitos identificados serão identificados x% de falsos defeitos.
Espero que estas ideias vos ajudem a ter sucesso nas vossas instalações. Bom trabalho!